Alemanha 3x3 França: 36 anos da semifinal histórica

A história do Futebol


A Copa do Mundo de 1982 foi a Copa dos grandes times, dos grandes jogos. O Brasil de Zico e a Argentina de Maradona não chegaram nem nas semifinais, parados pela campeã Itália, de Paolo Rossi, ainda na segunda fase de grupos. Outros esquadrões inesquecíveis daquela Copa eram Alemanha e França. Se os alemães contavam com Schumacher, Kaltz, Breitner, Littbarski, Rummenigge e Hrubesch, a França tinha Trésor, Amoros, Genghini, Giresse, Tigana, Rocheteau, Battiston e Platini. Naquela Copa, as duas seleções protagonizaram um jogaço nas semifinais. A partida terminou empata em 3x3, e só foi decidida nos pênaltis, em uma das melhores semifinais da história dos mundiais de futebol.

A Alemanha jogava em um 3-5-2, com o advento do líbero, e a França em um 4-3-3 torto, com Giresse falso ponta-direita, Platini por trás dos demais atacantes, e Tigana e Amoros apoiando pela esquerda. A partida foi, do início ao final, emocionante. De se lamentar, apenas a voadora do goleiro alemão, Schumacher, em Batiston. O jogador francês desmaiou e perdeu dois dentes. E goleiro não foi punido, sequer, com o cartão amarelo.

A Alemanha começou melhor o jogo. Pierre Littbarski deu o primeiro susto na França ao acertar o travessão em sua cobrança de falta. Pouco depois, o próprio Littbarski abriu o placar, para a alegria dos alemães que estavam no estádio.

Contudo, posteriormente, Platini deixou tudo igual, cobrando um pênalti sofrido por Rocheteau. As duas equipes seguiram buscando o ataque até o final do jogo, mas a igualdade em 1 a 1 persistiu, e a partida foi para prorrogação. 

Logo no começo do tempo extrao zagueiro Trésor colocou a França na frente, marcando um golaço de voleio, após cobrança de falta de Giresse. Alguns minutos depois, o próprio Giresse acertou um chutaço, sem chances de defesa para Schumacher, fazendo o 3 a 1. 

A classificação francesa parecia encaminhada, mas nunca se despreza uma seleção alemã. O técnico Jupp Derwall mandou Rummenigge, que não estava 100% fisicamente, ao campo. Pouco depois, o craque foi o responsável por descontar. E já no final, Fishcer acabou deixando tudo igual, deixando incrédulos os jogadores franceses em campo.

Melhor emocionalmente, a Alemanha foi melhor nas cobranças de pênaltis. Kaltz, Breitner, Giresse, Amoros e Rocheteau acertaram as primeiras cobranças das duas equipes, até que Stielike desperdiçou a sua cobrança pela Alemanha. Contudo, Schumacher defendeu defendeu a cobrança de Six, recolocando a Alemanha na disputa. 

Na sequência, Littbarski acertou o seu chute e fez o terceiro gol da Alemanha, enquanto Platini, na sequência, marcou o quarto da França. Rummenigge voltou a empatar, levando a série para as cobranças alternadas.

E aí, a estrela de Schumacher brilhou. Ele defendeu a cobrança de Bossis, e na sequência, Hrubesch converteu para a Alemanha, colocando a nação germânica na final, e encerrando o sonho francês, para as lágrimas de Platini.

Na decisão, a Alemanha acabaria derrotada pela Itália, fruto do cansaço da batalha contra os franceses.





Ficha Técnica 


Alemanha 3x3 França - Copa do Mundo de 1982


Alemanha: Schumacher, Kaltz, Stielike e Karl Forster; Briegel, (Rumennigge), Bern Forster, Dremmler, Magath e Breitner; Litbasrki e Fishcer. Técnico: Jupp Derwall.


França: Ettori, Amoros, Janvion, Trésor e Bossis; Genghini (Battiston e, depois, Lopez), Giresse , Tigana e Platini; Rocheteau e Six. Técnico: Michel Hidalgo.

Gols: Litbarski (A) e Platini (F) –  (no tempo normal)

Na prorrogação – Trésson, Giresse (F), Rummenigge e Fishcer (A).

Pênaltis:

Para a Alemanha, fizeram: Kaltz, Breitner, Litbarski, Rummanigge e Hrubesch (Stielike desperdiçou a cobrança).


Para a França, fizeram: Giresse, Amoros, Rocheteau e Platini (Six e Bossis desperdiçaram suas cobranças). 

Local: Estádio Sanchez Pizjuan, em Sevilha.
Árbitro: Charles Corver (Holanda).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Todos os Campeões do Mundial de Clubes (1960 - 2022)

Diego Armando Maradona: a história da lenda argentina

A história da Copa Challenge International du Nord