Diego Armando Maradona: a história da lenda argentina

Maradona. Se não o maior jogador da história do futebol mundial, um dos maiores. Campeão do mundo em 1986 com a seleção argentina, o mágico da camisa 10 perdura na memória de todos os fãs do futebol, em especial os torcedores de seu país e do Napoli, clube que defendeu entre o final dos anos 80 e o começo dos anos 90, levando ao topo da Itália. 

Diego Armando Maradona nasceu no dia 30 de outubro de 1960, em um bairro do subúrbio de Buenos Aires. Com origens humildes, ele começou a jogar futebol aos 9 anos de idade no Los Cebollitas, time infantil de sua região. Em 1976, aos 15 anos, foi contratado pelo Argentino Juniors, e logo subiu para o time profissional. Logo foi apelidado "el pibe de oro" (o menino de ouro), e chegou a ser cotado para disputar a Copa do Mundo de 1978, mas acabou não sendo convocado,  por ser considerado muito jovem. Ele havia estreado com a seleção argentina principal no dia 27 de fevereiro de 1977, em amistoso contra a Hungria.



Pouco tempo depois, antes de um jogo contra o Boca Juniors pela Copa Cidade de Buenos Aires, o goleiro Hugo Orlando Gatti teria feito uma declaração dizendo que Maradona estava gordo. No dia seguinte, Maradona fez 4 gols no arqueiro, em vitória do Argentino Juniors sobre o Boca. Gatti nunca havia dito que Maradona estava gordo, pois era uma declaração falsa dos jornais. Diego, futuramente, se tornou amigo do arqueiro.

Em 1980, Maradona foi vendido ao Boca Juniors, onde foi ídolo, e atuou até 1982, quando se transferiu para o Barcelona. No clube blaugrana, Maradona acabou arrumando algumas brigas, tanto dentro como fora dos gramados, e acabou ficando sem clima.




Em 1984, Maradona foi contratado pelo Napoli,  com grande pompa. Ele foi recebido com muta festa no Sul da Itália, e correspondeu sempre às expectativas criadas. Conquistou com a equipe partenoppei dois campeonatos italianos, em 1986/87 e 1989/90, além de ter ganho uma Copa da Uefa em 1989, uma Coppa Italia 1987, e uma Supercopa Italiana em 1990. Ainda levou o clube à brigar por outras taças,e  foi o grande destaque da Serie A, em uma época onde nomes como Platini, Matthäus, Van Basten, Baggio e Boniek, por exemplo defendiam clubes poderosos do norte, como Juventus, Internazionale e Milan. Diego ainda é o maior artilheiro da história do Napoli, com 115 gols em 259 jogos disputados em seis temporadas. Isto, que não era atacante.

Em meio ao sucesso  clubes, Maradona também tinha glórias com a seleção argentina. Em 1979, ele conduziu como craque e capitão a albiceleste ao título mundial sub-21. A performance de Maradona na copa de 1982 não foi brilhante, mas em 1986, no México, ele foi o cara. Com atuações espetaculares, especialmente nas quartas de final contra a Inglaterra, Maradona conduziu o selecionado albiceleste ao bicampeonato Mundial, entrando para sempre na galeria dos grandes craques da história das Copas. Em 1990, ainda fez parte da seleção argentina que foi vice-campeã do Mundo, perdendo a final para a Alemanha, justamente na reedição da final da Copa de 1986.

Em 1991, Maradona retornou à Espanha, para defender o Sevilla. Havia sido pego em um caso de doping nesta época, e começava  aviver o pior momento de sua carreira. Pouco tempo depois, retornou à Terra Natal, para atuar pelo Newell's Old Boys. Durante a Copa de 1994, foi pego em outro anti-doping, agora pelo uso "ephedrina", e acabou suspenso do futebol por um ano. A seleção argentina acabou ficando sem seu craque, e acabou eliminada nas oitavas-de-final pela Romênia.



Don Diego ainda retornou ao Boca Juniors, e por lá ficou até 1997. Seguiu jogando com o clube xeneieze até o dia em que completou 37 anos, tendo no último jogo de sua carreira sido substituído por Riquelme, futuro ídolo argentino.

Em 2000, Maradona esteve em uma clínica de recuperação em Cuba. Neste período,  escreveu o livro "Yo soy el Diego", sua autobiografia. Em 2006, apresentou o programa "La Noche del Diez" na televisão Argentina, onde recebia grandes figuras nacionais e internacionais. Em 2010, treinou a Argentina, na copa do Mundo disputada na África do Sul.

Maradona morreu no dia 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, mas seu legado ficou para a história.