De Klassieker: Ajax x Feyenoord, o Clássico da Holanda



Ajax x Feyenoord: De Klassieker


No papel de esporte mais popular do planeta, o futebol é palco de uma série de acontecimentos fantásticos, mas também de uma porção de conflitos religiosos e políticos. E na Holanda, a coisa não é diferente. No domingo passado, tivemos mais um clássico entre o Ajax, de Amsterdam e o Feyenoord, de Roterdã, que fazem o confronto de maior rivalidade do país, o De Klassieker.





A rivalidade entre as duas equipes se originou de uma disputa entre as cidades. Amsterdã, capital do país, cidade da cultura, das festas e do dinheiro, desperta o ódio da portuária Roterdã, dos estivadores e operários.


O primeiro De Klassieker aconteceu em 1921, e terminou empatado em 2x2. Poucos depois, as duas equipes se encontraram novamente, e o Ajax venceu por 2x0. A primeira vitória do Feyenoord só aconteceu no quarto confronto entre os dois, um 2x0 em Amsterdã. A maior goleada do Clássico foi um 8x2 do Ajax, no dia 18 de setembro de 1983. O Ajax tem ampla vantagem no De Klassieker, tendo vencido mais de 50% dos confrontos, além de ter ganho muito mais títulos, nacionais e internacionais.



Feyenoord e Ajax foram as duas primeiras equipes holandesas campeãs da Champions League. Apenas em 1988, o PSV Eindhoven também alcançou este feito. De lá para cá, a equipe da Philips se tornou um grande rival da dupla, especialmente do Ajax, no que é considerado o novo grande clássico holandês. Uma curiosidade, é que os três clubes tem o vermelho e o branco como cores predominantes.



Alguns jogadores ousaram defender tanto Ajax, quanto Feyenoord. Entre eles, o maior jogador holandês da História,  Johann Cruiff, que após fazer história no Ajax, defendeu o Feyenoord. No entanto, Gullit, outro grande craque holandês, fez o caminho contrário, anos depois.


A maior torcida da Holanda é a do Ajax, e é conhecida como Joden (judeus, em holandês). Em alguns momentos, alguns grupos de torcedores do Feyenoord foram relacionados com práticas nazistas e anti-judeus, causando confrontos muito grandes fora de campo. Hoje, de certa forma a parte religiosa assumiu um papel de coadjuvante, deixando o campo e a bola como protagonistas.

Por mais que o De Klassieker hoje não reúna os dois clubes mais fortes da Holanda, já que o PSV assumiu o papel de maior opositor do Ajax, ele ainda guarda a sua magia, e tem muita história para ser escrita.



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