Guia da Copa do Mundo 2018: Japão




O Japão é um dos países mais assíduos em Copas do Mundo, e só perde para a Coréia do Sul entre os asiáticos, classificando-se para todas as Copas do Mundo desde 1998. Em 2002, jogando em casa, o selecionado japonês chegou nas oitavas-de-final, caindo diante da Turquia, assim como fez em 2010, quando foi eliminada pelo Paraguai nesta mesma etapa, nas penalidades. Em 2014, o Japão fracassou na tentativa de chegar ao mata-mata da Copa do Mundo, em um grupo muito similar ao de 2018, encarando também a Colômbia, além de um europeu emergente, a Grécia, e um africano, a Costa do Marfim. Mas a dificuldade para marcar gols, lhe custou caro.

Se desta vez, a Colômbia parece menos poderosa do que era há quatro anos, e Senegal não é na prática melhor do que era a Costa do Marfim, a Polônia parece uma seleção mais consistente que a dos gregos. Além disso, o próprio Japão ainda não apresenta em sua seleção principal um nível muito melhor. O time conseguiu atacar e defender bem em posicional dentro da Ásia, mas fora do continente, ainda parece carecer de força. Além disto, o time não é tão forte nas transições como já foi em outros momentos.

A colocação de Akiro Nishiro como treinador da equipe, no lugar de Vahid Halilhodzic chamou a atenção, em especial por prescindir de um treinador experiente em um Mundial. A federação estava insatisfeita com o desempenho da equipe, sob às ordens do técnico bósnio, que vinha tentando apostar em uma tendência mais reativa, buscando defender bem atrás, para depois apostar no contragolpe. Seu sucessor, em termos de nomes, manteve a base do elenco, com peças que se destacaram na última temporada do futebol europeu, como Yuya Kubo (Gent), Shoya Nakajima (Portimonense), e Ritsu Doan (Groningen), além de figuras conhecidas, como Hasebe, Kagawa, Honda, Okazaki, Inui,  e Osako Assim, o time deve voltar a apostar no jogo de posse, mas lhe falta pegada nas áreas para isto. Além disso, Honda e Kagawa perderam explosão recentemente, e deve ficar por conta de Inui a capacidade de desequilíbrio. O responsável por melhorara a cota de gols será o conhecido Shinji Okazaki.

O Japão até tem argumentos para avançar de fase, mas não parece esta ser a tendência de momento. Colômbia e Polônia são as favoritas da chave H, e o avanço de senegaleses e japoneses não é o mais provável, embora não seja bom duvidar de nada, como nos mostrou aquele Mundial de 2002, sediado em território nipônico, em conjunto com a Coréia do Sul.



Sistema tático: 4-3-3

Craque: Maya Yoshida

A esperança: Yosuke Ideguchi

Treinador: Akiro Nishiro


Time-base: Kawashima; Sakai, Hasebe, Yoshida e Nakamoto; Gen Shoji, Yamaguchi Ideguchi e Asano; Osako e Inui (Honda).


Lista de convocados para a Copa do Mundo 2018:

Goleiros: Eiji Kawashima (Metz), Masaaki Higashiguchi (Gamba Osaka), Kosuke Nakamura (Kashiwa Reysol).

Defensores: Yuto Nagatomo (Galatasaray), Tomoaki Makino (Urawa Reds), Maya Yoshida (Southampton), Hiroki Sakai (O. Marsella), Gotoku Sakai (Hamburgo), Gen Shoji (Kashima Antlers), Wataru Endo (Urawa Reds), Naomichi Ueda (Kashima Antlers).

Meias: Makoto Hasebe (Eintracht Frankfurt), Keisuke Honda (Pachuca), Takashi Inui (Eibar), Shinji Kagawa (B. Dortmund), Hotaru Yamaguchi (Cerezo Osaka), Genki Haraguchi (Fortuna Düsseldorf), Usami Takashi (Fortuna Düsseldorf), Gaki Shibasaki (Getafe), Ryota Ohshima (Kawasaki Frontale).

Atacantes: Shinji Okazaki (Leicester), Yuya Osako (W. Bremen), Yoshinori Muto (Mainz).






Imagem: Reprodução 

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