Grandes Times: O PSV de 1985-1988

Em 1988, o PSV Eindhoven de Koeman, Gerets e Lerby , comandado por Guus Hiddink se tornou a terceira equipe holandesa a conquistar a Liga dos Campeões, e o terceiro clube europeu a conquistar uma triplíce coroa, depois de Celtic (1967) e Ajax (1972). A equipe dominou o futebol na Holanda por vários anos, e entre 1985 e 1992 só perdeu o título da Eredivisie na temporada 1989-1990, quando o Ajax foi campeão.

Depois de conquistar a Copa da UEFA na temporada 1977-1978, o PSV passou por um período difícil. O clube viveu uma seca de títulos enorme na primeira metade dos anos 80. Vendo Ajax e Feyenoord dominarem o cenário local, a Philips, dona do PSV, resolveu investir pesado, reforçando a sua equipe, inclusive com destaques dos rivais. O principal deles, foi Ruud Gullit. Contratado junto ao Feyenoord, o craque começou a carreira como zagueiro, mas foi sendo adiantado por conta da sua habilidade, e virou atacante.

Já na temporada 1985-1986, o PSV voltou a conquistar a Eredivisie, tendo Gullit como principal destaque. O seu futebol despertou o interesse de gigantes de outros países, e ele acabou se transferindo para o Milan. Mesmo sem seu craque, o PSV manteve o padrão de jogo, muito graças a efetivação do técnico Guus Hiddink, antes um mero auxiliar no clube, mas que se transformaria em um dos maiores comandantes da história do país. Com isto, voltaria a conquistar a Eredivisie na temporada 1986-1987, se garantindo para a disputa da Liga dos Campeões novamente na temporada seguinte.

O PSV começou a sua campanha na Copa dos Campeões 1987-1988 enfrentando o Galatasaray, e vencendo por 3 a 0 no PSV Stadion.  Na volta, o Gala cresceu jogando no Ali Sami Yen, onde chegou a abrir 2 a 0, antes do intervalo, mas não passou disto.

Na segunda fase, o PSV encarou o Rapid Vienna, que foi vencido por 2 a 1 na Áustria, e por 2 a 0 na Holanda.


Nas quartas de final, o PSV eliminou o Bordeaux, que havia vencido três vezes a Ligue 1 nos últimos quatro anos. O time de Hiddink empatou em 1 a 1 fora, e segurou o 0 a 0 em casa. Nas semifinais, uma das maiores façanhas da história do clube: deixou para trás o Real Madrid, novamente no saldo qualificado: 1 a 1 no Bernabéu, e 0 a 0 no PSV Stadion.




A final da Copa dos Campeões 1987-1988 aconteceu no Neckarstadion Stuttgart, e o PSV enfrentaria um também surpreendente Benfica. Foi um jogo fechado, com duas equipes que priorizavam a defesa. A lógica aconteceu: empate em sem gols no tempo normal e na prorrogação, e consequentemente, disputa de pênaltis.

Nas penalidades, o PSV venceu, com Van Breukelen sendo o herói, ao defender a cobrança de Veloso. O clube da Philips enfim chegava ao cume da Europa, e colocava fim em uma seca de 15 anos dos holandeses sem títulos na competição.

Ainda em 1988, o PSV conquistou a Copa e o Campeonato da Holanda, fechando assim a triplíce coroa. Contudo, acabou sendo superado pelo Nacional do Uruguai no Mundial Interclubes, e pelo Mechelen da Bélgica, na Supercopa da UEFA.


Time-base: Van Breukelen; Gerets, Van Aerle, R.Koeman, Nielsen, Heintze; Vanenburg, Linskens, Lerby; Kieft, Gillhaus (Janssen). Técnico: Guus Hiddink.