Guia da Copa do Mundo 2018: Marrocos

Vinte anos depois de sua participação na Copa do Mundo de 1998, na França, o Marrocos volta a jogar uma Copa do Mundo de futebol. Em 1970, o país se tornou o segundo do continente africano a disputar um Mundial, depois do Egito de 1934, e agora jogará a sua quinta Copa, com sua melhor geração recente de jogadores em muito tempo. A vaga para o Mundial veio após alguns traumas, como em 2001, quando o país perdeu para Senegal na rodada final das eliminatórias, e viu o rival chegar ao mundial, ou como em 2005, quando o algoz foi a Tunísia. Na luta por vagas para as Copas de 2010 e 2014, a campanha não foi boa, e a classificação ficou longe.

Nomes como Karim El Ahmadi, M’barek Boussoufa, Mehdi Benatia, Hakim Ziyech e Nordin Amrabat são bastante conhecidos do grande público, assim como o treinador Hervé Renard, um dos mais vitoriosos da história recente do futebol africano. Campeão da Copa africana de nações com Zâmbia em 2012, e com a Costa do Marfim em 2015, ele enfim leva uma equipe à Copa do Mundo. Marrocos bateu Guiné Equatorial na segunda eliminatória, para na terceira fase, a última das eliminatórias, se impor contra Costa do Marfim, Gabão e Mali, com três empates e três vitórias, a decisiva na última rodada, contra a Costa do Marfim. O time jogava por um empate, mas com gols de Nabil Dirar e Mehdi Benatia, venceu, para delírio de seus torcedores. Nos últimos amistosos, os marroquinos venceram Coreia do Sul, Suécia, Uzbequistão e Eslováquia, e empataram com a Ucrânia.

O time marroquino geralmente concentra muito a posse de bola no meio, e gosta de circular o esférico. Quando perde a posse, faz um pressing forte, e busca retomar a bola, com vários jogadores indo ao encontro do portador. Quando há necessidade, o time sabe se fechar atrás e apostar em bolas longas, ativando o habilidoso e veloz Hakim Ziyech. A boa novidade pode ser o lateral Achraf Hakimi, que vem ganhando espaço com a camisa do Real Madrid. Hervé Renard varia seu esquema entre o 4-2-3-1 e o 4-1-4-1, embora já tenha testado o 3-5-2. A zaga tem como nome mais conhecido Mehdi Benatia, com Roman Saïss, volante de muita capacidade física, adaptado ao seu lado. Hakimi tem jogado na ala esquerda, com Nabil Dirar, sendo ala direito.

No meio-campo, Karim El Ahmadi tem a companhia de Mbark Boussoufa, com o supracitado Hakim Ziyech, Younès Belhanda e o veterano Nordin Amrabat formando uma linha na frente, atrás da referência do ataque, Khalid Boutaïb. O jovem Harit é a opção. O goleiro é Munir Mohamedi, embora Bono, titular no espanhol Girona, seja uma grande alternativa.

Com Espanha e Portugal no grupo, mais a melhor seleção asiática, o Irã, o Marrocos não deve passar da fase de grupos, embora tenha seus argumentos para ser competitivo. A luta deverá ser com os iranianos, pelo terceiro lugar.



Sistema tático: 4-1-4-1
Craque: Hakim Ziyech (Ajax)
A esperança: Achraf Hakimi (Real Madrid)
Treinador: Hervé Renard



Time-base: Munir; Dirar, Benatia, Saiss e Hakimi; Hakim Ziyech, Belhanda, Boussoufa, El Ahmad e Amrabat; Khalid Boutaïb.



Lista de convocados para a Copa do Mundo 2018:



Goleiros: Mounir El Kajoui (Numancia, ESPN), Yassine Bounou (Girona, ESPN), Ahmad Reda Tagnaouti (Ittihad Tanger).

Defensores: Mehdi Benatia (Juventus, ITA), Romain Saiss (Wolverhampton, ING), Manuel Da Costa (Basaksehir, TUR), Nabil Dirar (Fenerbahce, TUR), Achraf Hakimi (Real Madrid, ESPN) e Hamza Mendyl (Lille, FRA).

Meio-campistas: M’bark Boussoufa (Al Jazira, EAU), Karim El Ahmadi (Feyenoord, HOL), Youssef Ait Bennasser (Caen, FRA), Sofyan Amrabat (Feyenoord, HOL), Younes Belhanda (Galatasaray, TUR), Faycal Fajr (Getafe, ESP) e Amine Harit (Schalke, ALE).


Atacantes: Khalid Boutaib (Malatyaspor, TUR), Aziz Bouhaddouz (St. Pauli, ALE), Ayoub El Kaabi (Renaissance Berkane), Nordin Amrabat (Leganes, ESP), Mehdi Carcela (Standard Liège, BEL), Hakim Ziyech (Ajax, HOL) e Youssef En Nesyri (Málaga, ESP).









Imagem: FIFA