Guia da Copa do Mundo 2018: Austrália





Desde que migrou para a federação asiática, a Austrália tem virado figurinha carimbada na Copa do Mundo. Para 2018, ao contrário do que ocorreu nas duas edições anteriores, os Socceroos tiveram de jogar a repescagem internacional, mas passaram por Honduras, mesmo que com uma natural dificuldade. Entre voltas ao mundo, o técnico Ange Postecoglou pediu demissão do cargo, pouco antes do Mundial, o que põe em dúvida o desempenho da equipe na Rússia.

Em seu lugar, assumiu Bert van Marwijk. Principal responsável por levar a Arábia Saudita à Copa de 2018, ele comandou a seleção do seu país natal entre 2008 e 2012, sendo vice campeão da Copa do Mundo de 2010. Postecoglou vinha empregando um modelo de jogo ofensivo, baseado em um 3-4-1-2 bastante agressivo, com vários homens de frente. Seu sucessor deverá fazer alterações neste modelo.

Campeões da Copa da Ásia em 2015, os Socceroos oscilaram bastante durante o restante do ciclo, muito por conta do envelhecimento de peças como Tim Cahill, hoje com 37 anos, e o não surgimento de peças novas. Foi Cahill quem salvou a Austrália no play-off contra a Síria, em setembro, e seu peso ainda é grande, assim como o de outros embaixadores do futebol australiano, como Aaron Mooy, do Huddersfield Town, Tom Rogic, do Celtic, e Mile Jedinak, do Aston Villa. Mas hoje, é Mathew Leckie, do Hertha Berlin, o melhor jogador australiano do momento.

Com van Marwijk, a Austrália deverá apostar mais na segunda bola, e nas ligações diretas, com posse de bola defensiva, tentando atrair marcação para gerar espaços no campo de ataque. O jogo físico, buscando Juric e Leckie, para as infiltrações de Cahill, Irvine ou Rogic, assim como as bolas longas nas pontas, devem ser muito usados. Na defesa, a Austrália deve se comportar melhor, com linhas muito próximas. Durante a Copa do Mundo, o time deverá ser bastante reativo, pois não é a favorita da chave, e deverá esperar que França, Dinamarca, e Peru, tomem a iniciativa, para buscar a transição ofensiva em velocidade.



Sistema tático: 4-2-3-1

Craque: Tom Rogic (Celtic)

A esperança: Matt Jurman (Suwon Bluewings)

Técnico: Bert van Marwijk



Time-base: Ryan; Sainsbury, Wright, Behich e Jurman; Jedinák, Mark Milligan, Tim Cahill e Rogic; Juric e Leckie.



Lista de convocados para a Copa do Mundo 2018:


Goleiros: Brad Jones (Feyenoord, HOL), Matt Ryan (Brighton, ING) e Danny Vukovic (Genk, BEL).

Defensores: Aziz Behich (Bursaspor, TUR), Milos Degenek (Yokohama F. Marinos, JAP), Matthew Jurman (Suwon Samsung Bluewings, COR), James Meredith (Millwall, ING), Josh Risdon (Western Sydney Wanderers) e Trent Sainsbury (Grasshoppers, SUI).

Meio-campistas: Jackson Irvine (Hull City, ING), Mile Jedinak (Aston Villa, ING), Robbie Kruse (Bochum, ALE), Massimo Luongo (Queens Park Rangers, ING), Mark Milligan (Al Ahli, SAU), Aaron Mooy (Huddersfield, ING) e Tom Rogic (Celtic, ESC).


Atacantes: Daniel Arzani (Melbourne City), Tim Cahill (Millwall, ING), Tomi Juric (FC Luzern, SUI), Matthew Leckie (Hertha Berlim, ALE), Andrew Nabbout (Urawa Red Diamonds, ING), Dimitri Petratos (Newcastle Jets) e Jamie McLaren (Hibernian, ESC).







Imagem: FIFA

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